Loja Mágica por Candra |
AS RUNAS EM D&D
Runas
são uma temática clássica de D&D. Algumas raças e criaturas como anões,
gnomos, gigantes e mesmo elfos e drows são conhecidos por terem seu próprio
conjunto de runas. Sociedades secretas às vezes também criam essa escrita
simbólica para passar mensagens a seus membros. Os Harpistas, em Forgotten
Realms, possuem um conjunto de runas exatamente para este fim, por exemplo.
As
runas têm, de cara, uma vantagem óbvia sobre a palavra escrita por meio de um
alfabeto: são mais curtas. Assim, são preferidas por conjuradores para que
algum tipo de magia seja inscrita nela. Algumas sociedades (gigantes e anões,
principalmente) desenvolvem toda uma forma de conjuração a base de runas, com
grimórios e runas religiosas fazendo parte da iniciação do conjurador no mundo
da magia.
Runas presentes na aventura Storm King's Thunder |
É
verdade que às vezes algumas tradições se perdem. A sociedade dos gigantes do
tempo do reino de Ostória, em Forgotten Realms, por exemplo, usavam com muito
mais freqüência e com muito mais conhecimento as runas do que nos tempos
atuais. Da mesma forma, o tempo dos grandes reinos anões já se foi e muito do
conhecimento sobre a conjuração através de runas foi perdido.
Runas são um excelente meio de se inscrever e
transferir a magia para um local ou item. Por isso, muitos itens mágicos e
armadilhas mágicas possuem runas (que são o alvo para se desarmar uma armadilha
mágica. Se você quiser ler sobre armadilhas mágicas e não mágicas você pode ler
nosso suplemento sobre Armadilhas AQUI). Uma das explicações para tal é que as
runas, quando bem inscritas, ressoam com a Trama Mágica, facilitando o laço
entre o mundo material e o sobrenatural.
Runas contidas no Greyhawk - Player's Guide do AD&D |
Por
serem concisas, runas também são usadas para transmitir informações. Se uma
arca selada magicamente guarda algo poderoso (talvez um efreti ou um ínfero
esteja preso dentro dela, ou ela leve um artefato maligno), mas não se quer
assustar os “pobres guardas e carregadores” com esta informação, um símbolo é
cravado na arca indicando a presença da criatura (ou de algo perigoso). Seria
uma infelicidade se bandidos ignorantes roubassem a arca e libertassem a
criatura, não é mesmo?
Ser
concisa nem sempre é uma vantagem indiscutível. A runa élfica Savaros,
por exemplo, pode ser traduzida como “goblins” ou “goblinóides” para o idioma
comum. Na sua origem ela indicava apenas isso, mas seu uso se expandiu para indicar
que aquele território é dominado ou aliado a goblins, e também a todo tipo de
goblinóides e mesmo kobolds ou orcs!
Runas presentes na Caixa de Cenário de Forgotten Realms do AD&D |
Druidas
também usam runas por uma série de motivos: algumas indicam a presença de seres
feéricos, ou de plantas com efeitos especiais, ou de área onde acontecem muitas
tempestades, ou mesmo a presença de um rio que na noite da conjunção das duas
luas corre ao contrário, abrindo um portal pra Faéria (ou pro Rio Stirge...). Os
círculos druídicos muitas vezes possuem proteções através de runas mágicas, e
os menires druídicos muitas vezes também são encantados com o uso destes
símbolos mágicos.
Runas
às vezes são usadas para guardar magia (recarregável ou de uso único). Para
quem conhece os segredos de gravar runas mágicas, não é diferente de escrever
um pergaminho ou fazer uma poção mágica. É necessário usar como componente uma
gema rara e sem imperfeições (e quanto mais poderosa a magia, mais cara é esta
gema). O restante do processo varia conforme a magia. Para entender melhor a
criação de itens mágicos, aconselhamos esta leitura AQUI. Da mesma forma que pergaminhos e poções,
algumas runas podem ser usadas por qualquer usuário que conheça a palavra de
comando, enquanto outras só podem ser usadas por quem possui a magia em sua
lista de magias (e, ainda assim, com chance de falha, da mesma forma que
pergaminhos). Algumas runas também podem ser a base de um item maravilhoso, como
as runas dos gigantes presentes na aventura Storm King’s Thunder, que
possuem um efeito contínuo e efeitos ativados com o uso de ação (ou ação bônus
ou outra forma de ativação).
Runas presentes na Caixa de Cenário de Forgotten Realms do AD&D |
A
verdade é que runas, tenham ou não ligação com a Trama Mágica, são pictogramas
que permitem a transmissão de uma informação pra todos que a conhecem,
independentemente do idioma falado. Essa é sua maior vantagem. Identificar uma
runa de uso comum exige um Teste de Inteligência CD 15, enquanto runas incomuns
podem ter CD 20 e runas raras podem ter CD 25 ou mais. Proficiência em Arcanismo, Religião, História ou mesmo Natureza pode ajudar no teste
(permitindo o uso de proficiência na rolagem). Da mesma forma, algumas runas
tem forte ligação com algum idioma e são muito conhecidas culturalmente por
certos povos, o que dá vantagem no teste para quem fala aquela língua (seja
infernal, élfico, anão, gnômico ou qualquer que seja a origem da runa).
Por
fim, não custa lembrar que existem runas pessoais. Em Forgotten Realms, por
exemplo, todo mago termina sua iniciação criando sua própria runa mágica. A
runa pessoal surge em magias como Runas Explosivas, Símbolos e em formas
pessoais de conjurar uma magia (como presente no “Caldeirão da Tasha”), além do
uso para assinar trabalhos “acadêmicos”, indicar posse de alum item ou lugar,
entre tantos outros usos dessa “assinatura arcana”. Há lendas de que o uso da
runa pessoal de outro mago faz com que Mystra amaldiçoe eternamente o farsante.
Até pela tradição, alguns bruxos e feiticeiros também possuem suas runas
pessoais. A verdade é que na época do AD&D as maldições em cima de quem
usava a runa pessoal de um mago de fato acontecia. Na 5E, o Guia do
Aventureiro da Costa da Espada traz a informação de que não há de fato uma
penalidade por usar a runa de outro conjurador, exceto o risco de ser
perseguido por este conjurador, e que essas lendas começaram a ser espalhadas
pelos próprios magos para evitar na origem a falsificação de suas assinaturas.
Runas Pessoais presentes na Caixa de Cenário de Forgotten Realms do AD&D |
FINALIZANDO